Amor e Limitações à Capacidade de Amar: Contributos de Otto Kernberg
Resumo
Na prática clínica em Psiquiatria, as relações amorosas são um assunto praticamente universal, tanto pela importância que assumem para a maioria dos sujeitos, como pelo sofrimento que muitas vezes acarretam, sendo fundamental que o clínico aceda a um corpo teórico que o auxilie na compreensão da dinâmica do casal. Partindo da obra de Otto Kernberg, pretende explorar-se como se desenvolve o amor maduro e que mecanismos contribuem para a estabilidade do casal, bem como debater de que modo a patologia da personalidade do cluster B — Borderline e Narcísica — interfere no estabelecimento de relações saudáveis.
Palavras-chave
amor, sexualidade, personalidade, psicodinâmica, Kernberg
Biografia Autor
Matilde da Silva Gomes
Médica Interna de Formação Especializada em Psiquiatria na Unidade Local de Saúde
de Braga. Especialização Clínica em Psicoterapia Psicodinâmica pela Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.
Paula Valente
Assistente Hospitalar Graduada de Psiquiatria e Coordenadora do Hospital de Dia Psiquiátrico do Hospital Magalhães Lemos, Unidade Local de Saúde de Santo António. Departamento de Neurociências Clínicas e Saúde Mental, Faculdade de Medicina da Universidade do Porto.
Referências
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