Saltar para menu de navegação principal Saltar para conteúdo principal Saltar para rodapé do site

A influência da bilógica na teoria e clínica psicanalítica

Resumo

O pensamento psicanalítico, filiando-se em Freud, Melanie Klein e Bion, desenvolve-se integrando os conceitos da bilógica na estrutura do edifício psicanalítico. A conceção do inconsciente e a descoberta das características do sistema inconsciente são a mais criativa e fundamental formulação do pensamento freudiano, com profundas implicações para a psicanálise e outros saberes. Do «Reino do Ilógico», leis e princípios matemáticos permitem construir um modelo de leitura do inconsciente — a bilógica. As leis dos processos inconscientes, atribuindo-lhe lógicas, permitem situá-lo no multidimensional, proporcionando leitura, diálogo e uma prática mais clara da psicanálise. A palavra não é o único elemento da interpretação. Comunicamos, em níveis mais profundos, próximos da essência do Ser. O artigo, no contexto acima descrito, abordará um resumo das ideias fundamentais da bilógica, a influência no pensamento psicanalítico contemporâneo e as suas implicações clínicas.

Palavras-chave

Bilógica, Estratos, Inconsciente, Simetria

PDF

Biografia Autor

Manuela Harthley

Manuela Harthley é matemática e psicanalista titular da Socidade Portuguesa de Psicanálise (SPP), da Associação Psicanalítica Internacional (IPA) e da European Psychoanalytical Federation (EPF). É presidente da Comissão de Ética da SPP.


Referências

  1. Bion, W. R. (1990). A Memoir of the Future — (I) The Dream. Karnac Books.
  2. Borges, J. L. (1988). Aleph. Estampa.
  3. Freud, S. (1959) The Interpretation of Dreams. Em The Standard Edition of the Complete Psychological Words of Sigmund Freud (vol. iv, pp. 626–686). Hogarth Press. (Original publicado em 1900.)
  4. Freud, S. (1959) The Uncounscious. Em The Standard Edition of the Complete Psychological Words of Sigmund Freud (vol. xiv, pp. 159–190). Hogarth Press. (Original publicado em 1915.)
  5. Freud, S. (1959). Some Elementary Lessons in Psycho-Analysis. Em The Standard Edition of the Complete Psychological Words of Sigmund Freud (vol. xxiii, pp. 279–286). Hogarth Press. (Original publicado em 1938.)
  6. Grotstein, J. S. (1994). Projective Identification and Countertransference: A Brief Commentary on their Relationship. Contemporary Psychoanalysis, 30, 578–592.
  7. Hélder, H. (1981). Poesia Toda. Assírio e Alvim. Matte Blanco, I. (1981). Reflexionando con Bion. Revista Chilena de Psicoanálisis, 3, 8–41.
  8. Matte Blanco, I. (1988). Thinking, Feeling and Being: Clinical Reflections on the Fundamental Antinomy of Human Beings andWorld. Routledge.
  9. Mondrzak, V. S. (2004). Psychoanalytic process and thought: Convergence of Bion and Matte-Blanco. The International Journal of Psychoanalysis, 85, 597–614.
  10. Salgueiro, E. G. (1991). Espaço psíquico y function analizante: la estrutura del inconsciente y los encasamientos de la Virgem del paraíso. Anuário Ibérico de Psicoanálisis, II, 157–172.
  11. Sanchez Cardenas, M. (2011). Matte Blanco’s thought and Epistemological Pluralism in Psychoanalysis. The International Journal of Psychoanalysis, 92, 811–831.