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Este corpo é meu ou da minha mãe? — O impacto da gravidez da analista na elaboração da relação das mulheres com o corpo

Resumo

O corpo da mãe é o primeiro território sobre o qual são projetadas fantasias, emoções e angústias, conduzindo à construção de um conjunto de representações inconscientes acerca do interior do corpo materno e do que dentro dele acontece durante a gravidez. Ao crescer, a rapariga vai integrar estas fantasias na representação inconsciente do seu próprio corpo, as quais vão emergir de forma premente durante a gravidez da analista. Num movimento dialético, a gravidez da analista reenvia a paciente para o corpo da mãe/analista e simultaneamente para o seu próprio corpo. Deste modo, a gravidez da analista é uma oportunidade valiosa para identificar e transformar estas fantasias e emoções inconscientes, trabalho de elaboração que poderá levar a um conhecimento mais profundo da relação das pacientes com o seu próprio corpo, propiciando uma maior apropriação do seu corpo e da sua identidade enquanto mulheres.

Palavras-chave

Corpo, Gravidez, Indiferenciação, Fantasias primárias

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Biografia Autor

Ana Teresa Vale

Psicóloga clínica e psicanalista. Membro associado da Sociedade Portuguesa de Psicanálise (SPP) e da Associação Internacional de Psicanalistas (IPA).