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Variações psicanalíticas sobre a solidão

Resumo

No artigo, parte-se do princípio de que o sentimento de solidão possui uma grande relevância na experiência subjetiva dos indivíduos, constituindo uma importante fonte de sofrimento psíquico. São examinados, inicialmente, autores que sugerem o aumento de sua prevalência nas últimas décadas, cujas causas seriam de ordem política, económica e social. Ainda que durante um longo período o tema da solidão tenha tido pouca expressão na literatura psicanalítica, desde os anos cinquenta do século passado essa tendência alterou-se, quando se tornou objeto mais frequente de investigação clínica e conceitual. Após explorar de forma sucinta parte dessa bibliografia levando em conta a polissemia do termo, o artigo procura descrever três formas prevalentes de solidão. Com base em ideias de Klein, Ferenczi e Winnicott, propõe-se descrever variações deste sentimento, que são denominadas pelo autor, respetivamente, de solidão paranoide, solidão traumática e solidão narcísica. Tal desenvolvimento é acompanhado por três vinhetas clínicas que procuram ilustrá-las.

Palavras-chave

Solidão, Relação de objeto, Narcisismo, Trauma

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Biografia Autor

Pedro Salem

Psicólogo clínico. Doutor em Saúde Coletiva pelo Instituto de Medicina Social (UERJ). Membro correspondente do Círculo Psicanalítico do Rio de Janeiro (CPRJ). Membro candidato da Sociedade Portuguesa de Psicanálise (SPP).