Ir al menú de navegación principal Ir al contenido principal Ir al pie de página del sitio

A Clínica de Quarentena (a Quatro Mãos): Primeiro Andamento de Uma Psicanálise em Tempos de Pandemia

Resumen

Com o surgir da pandemia, no início de 2020, a proximidade física entre analista e analisando tornou-se não só interdita, como perigosa. Subitamente, os analistas foram obrigados a fechar as portas do consultório, e se alguns suspenderam o trabalho com os pacientes, a maioria iniciou um trabalho por via remota — a teleanálise.
Quatro analistas refletem na sua experiência no ajustamento do setting em tempos de pandemia: a especificidade da situação pandémica relativamente a outras situações em que a realidade externa impõe a utilização de um seguimento remoto; a forma diversa como a pandemia e a alteração do quadro foram vividas pelos diferentes pacientes, e pelos diferentes analistas, mostrando como em psicanálise se trabalha com o campo analítico e como cada díade, na relação transferência-contratransferencial, torna singular o que ali acontece.
A partir desta experiência múltipla de quatro analistas a «tocarem» a sua experiência única, tal como os músicos podem tocar em conjunto uma só sonata, cada um com a sua diferente melodia, foi possível fazer emergir uma série de questões, colocadas numa reflexão final.

PDF (Português) HTML (Português)

Citas

  1. Abraham, N. & Torok, M. (1995). A casca e o núcleo. Escuta. (Obra original publicada em 1972.)
  2. Aryan, A. (2013). Setting and transference-countertransference reconsidered on beginning teleanalysis. In J. S. Scharff (Ed.), Psychoanalysis online, mental health, teletherapy and training. Karnac Books.
  3. Bion, W. R. (1970). Attention and interpretation. Karnac Books.
  4. Cabré, L. M. (2020a). Webminar «Procesamiento de la situación traumática y el aislamiento social», International Psychoanalytical Association, 3 de abril.
  5. Cabré, L. M. (2020b). El desafio del coronavírus y su manejo clínico. In M. J. Gonçalves; C. Farate; D. Kraunt; L. M. Cabré & R. A. Oliveira, Ética e Psicanálise à Distância. Revista Portuguesa de Psicanálise, 40(2), 77–81.
  6. Cintra, E. M. (2013). André Green e o trabalho do negativo. Revista Percurso, 49/50, Ano XXV, junho:http://revistapercurso.uol.com.br/index.php?apg=artigo_view&ida=1010&ori=edicao&id_edicao=49
  7. Dias, C. A. (2004). Costurando as linhas da psicopatologia borderland (estados limite). Climepsi Editores.
  8. Diena, S. (2020). Entrevista IPA Off the Couch, Ep. 41, 25 de março: http://ipaoffthecouch.org/2020/03/24/episode-41-report-from-milan-with-simonetta-diena-md/
  9. Ehrlich, L. (2019). Teleanalysis: Slippery slope or rich opportunity? Journal of the American Pyschoanalytic Association, 67: 249–279.
  10. Fairbairn, R. (2000) Estudos Psicanalíticos da personalidade. Veja.
  11. Ferenczi, S. (2011). A elasticidade da técnica psicanalítica. In Obras Completas: Psicanálise IV. Martins Fontes. (Trabalho original publicado em 1928.)
  12. Ferro, A. (2009). Mind Works. Technique and Creativity in Psychoanalysis. General Editor.
  13. Franco, S. (2003). Psicopatologia e o viver criativo. Revista Latinoamericana Psicopatologia Fundamental, VI(2), 36–50.
  14. Garcia, C; Penna, C (2010). O Trabalho do Negativo e a Transmissão Psíquica. Arquivos Brasileiros de Psicologia, 62(3):
  15. http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-52672010000300009
  16. Gutiérrez, L. (2017). Silicon in ‘pure gold’? Theoretical contributions and observations on teleanalysis by videoconference. International Journal of Psychoanalysis, 98,1097–1120.
  17. Hardt, J. (2019). Does Psychoanalysis go online without Body?. EPF Publication “Body”, 73: 83–88.
  18. Hárs, G.P. (2015) O conceito de paixão no Diário Clínico de Ferenczi. Tempo Psicanalítico, vol. 47.1, 9–21.
  19. Khan, M (1963). The concept of cumulative trauma. Psychoanaytical Study of the Child, 18, 286–306.
  20. Kristeva, J. & Scarfone, D. (2020). La situation virale et ses resonances psychanalytiques. International Psychoanalytical Association Webinar.
  21. Kogan, I (2020). Entrevista IPA Off the Couch, Ep. 67, 27 de setembro: http://ipaoffthecouch.org/2020/09/27/episode-67-creativity-in-the-analyst-and-analysand-in-times-of-covid-with-ilany-kogan/
  22. Komarova, L. (2020). Entrevista IPA Off the Couch, Ep. 57, 28 de junho: http://ipaoffthecouch.org/2020/06/28/episode-57-a-report-from-moscow-and-the-role-of-denial-with-lola-komarova-ph-d/
  23. Lemma, A. (2014). The body of the analyst and the analytic setting: Reflections on the embodied setting and the symbiotic transference. International Journal of Psychoanalysis, 95, 225–244.
  24. Lemma, A. (2015). Psychoanalysis in the time of technoculture: Some reflections on the fate of the body in virtual space. The International Journal of Psychoanalysis, 96, 569–582.
  25. Marta, R. (2011). A Linguagem do Silencio: transformando analista e paciente. Revista Portuguesa de Psicana?lise, 30(2),
  26. Marta, R. (2016). Relações reais e/ou virtuais? A psicanálise remota. Revista Portuguesa de Psicanálise, 37(2),
  27. Marta, R. (2019). O analista tem corpo? Transformações do corpo em análise. Revista Portuguesa de Psicanálise, 40(1), 42–51.
  28. Marta, R. (2020). O Real, o Tempo e o Espaço em Tempos de Corona. A Peste – Blogue da Sociedade Portuguesa de Psicanálise. Maio.
  29. Matos, A. C. (2014). Depressão. Climepsi Editores.
  30. Miguez, T. (2021). Desafios à Psicanálise e à sua Criatividade. A Peste – Blogue da Sociedade Portuguesa de Psicanálise. Março.
  31. Miller, J. A. (2004). Uma fantasia. Opção Lacaniana. Eolia, 42(3,) 7–18.
  32. Miller, P. (2019). Working Through the Body Ego in the Analytic Process. EPF Publication “Body”, 73, 134–141.
  33. Nacht, S. (1964). Silence as an integrative factor. The International Journal of Psychoanalysis, 45(2/5), 299–303.
  34. Ogden, T. H. (1985). On potential space. International Journal of Psychoanalysis, 66(2), 129–141.
  35. Ogden, T. H. (2010). Esta Arte da Psicanálise. Artmed Editora.
  36. Samuel, Y. (2020). Entrevista IPA Off the Couch, Ep .41, 26 de abril:
  37. http://ipaoffthecouch.org/2020/04/26/episode-49-a-report-from-tel-aviv-with-yael-samuel-phd/
  38. Scarfone, D. (2015). The time before us. (The Unpast in W. S. Merwin, W. Benjamin and V. Woolf.). Psychoanalytical Dialogues, 26(5), 513–520.
  39. Scharff, J. (2012). Clinical issues in analyses over the telephone and the internet. International Journal of Psychoanalysis, 93, 81–95.
  40. Winnicott, D. (1967). O brincar e a realidade. Imago.
  41. Winnicott, D. W. (1983). O desenvolvimento da capacidade de se preocupar. In D. W. Winnicott, O ambiente e os processos de maturação: estudos sobre a teoria do desenvolvimento emocional (pp. 70–78). Artes Médicas. (Obra original publicado em 1963.)