El Agresor y el Negacionista: La Otra Cara de la Teoría del Trauma

Resumen
Este trabajo aborda la preocupación por el advenimiento de la teoría de la negación a partir de la obra de Sándor Ferenczi. Es claro que, si bien la dualidad agresor-negación es constantemente señalada como la causa de los problemas estudiados a través de la lente ferencziana, los actos de agresión y negación se sustentan en recursos psíquicos constitutivos. De esta manera, presentamos una construcción sobre estos dos elementos, no sólo como causa de la traumatogénesis, sino como parte de la psique, frente a una consideración crítica que denuncia tanto los pactos sociales que autorizan selectivamente algunos tipos de agresión, como la Comportamiento cotidiano de agresión y negación. Finalmente, se propone una ampliación ético-política de la comprensión del término negado.
Palabras clave
agresión, silenciar, psicoanálisis, trauma, perversión
Biografía del autor/a
Marcos de Moura Oliveira
Psicólogo pela Universidade Paulista (UNIP, 2017), Mestre em Psicossomática pela Universidade Ibirapuera (UNIB, 2022) e doutorando em Educação pela Universidade Federal Fluminense (UFF). Professor no curso de Psicologia na Faculdade Vanguarda de São José dos Campos e na pós-graduação Lato Sensu em Psicanálise, Teoria e Técnica na Universidade do Vale do Paraíba. Membro do Grupo Brasileiro de Pesquisas Sándor Ferenczi (GBPSF).
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