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Espaço Psíquico do Encontro Analítico: O Sonho como Modelo

Resumo

Perante a pluralidade de espaços psíquicos que emergem ao longo do processo terapêutico, cabe ao analista, através da sua contratransferência, contactar com o verdadeiro conflito, assim como com o lugar psíquico escolhido para se desenrolar o drama interno. O autor privilegia o lugar do sonho e utiliza-o como modelo para caracterizar a qualidade do espaço psíquico que surge do encontro analítico. Deste espaço, aparecem pontos de convergência ou de divergência entre o mundo interno do paciente e do analista. Assim, desta ligação, surgem diferentes qualidades de afectos, defesas e angústias que se configuram num «ponto de urgência» (Baranger, M., 1993) sobre o qual é possível construir uma interpretação a dois. Mostra-se como na clínica este modelo da construção do espaço analítico pode levantar, sobretudo com casos difíceis, questões teóricas e clínicas. Também se mostra como a capacidade de rêverie do analista pode permitir que se faça a ligação dos elos perdidos de forma que se restabeleça a qualidade do espaço analítico que pode ser sonhado a dois.

Palavras-chave

Sonho, Espaço, Encontro analítico

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Biografia Autor

Maria Fernanda Alexandre

Psicóloga clínica e da saúde, psicoterapeuta e psicanalista. Membro titular, com funções didácticas, da Sociedade Portuguesa de Psicanálise (SPP) e da Associação Internacional de Psicanálise (IPA). Directora da Revista Portuguesa de Psicanálise.