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A escuta analítica e as suas vicissitudes

Resumo

Tentamos mostrar que a escuta analítica se constrói a partir de dois inconscientes — o do analista e o do paciente —, produzindo, assim, um campo psíquico onde ressaltam e se mostram as qualidades das diferentes ligações entre a dupla analítica. O próprio processo analítico amplia as diferentes qualidades da escuta, o que permite ter acesso a uma comunicação não verbal da relação. Assim, o analista pode alojar no seu interior, através de identificações projetivas, sobretudo com pacientes difíceis, certos aspectos destrutivos da mente do paciente. Nestas circunstâncias, a escuta analítica torna-se pobre e de difícil compreensão. Através da apresentação de algum material clínico, sublinha-se como a destrutividade do paciente pode ser projectada no interior do analista. Desta forma, a experiência clínica mostra-nos que a análise da contratransferência se apresenta com duas faces distintas: uma como um obstáculo que precisa de ser analisado, e outra como um instrumento que poderá? facilitar o desenvolvimento do processo da dinâmica analítica.

Palavras-chave

Vicissitudes da escuta analítica, O encontro analítico, Relação de campo

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Biografia Autor

Maria Fernanda Gonçalves Alexandre

Psicóloga Clínica e da Saúde. Psicoterapeuta e psicanalista. Membro titular, com funções didácticas, da Sociedade Portuguesa de Psicanálise (SPP) e da Associação Internacional de Psicanalistas (IPA).