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An empty tomb at the heart of childhood: Reflections on the victim and his group

Resumo

Um túmulo vazio no coração da infância: Reflexões sobre a vítima e o seu grupo

Após a apresentação de um caso em que vemos como o horror invade a mente por não ser possível conter a experiência numa narrativa, a autora elabora uma fenomenologia psicanalítica do processo de vitimização pelo próprio ambiente que rodeia a vítima. Como resultado desta designação por parte do grupo, os aspetos subjetivos deste processo mantém-se escondidos.

A condição de vítima não pertence ao sujeito. É o grupo ao qual a vítima pertence que designa ou não como tal a pessoa que foi sujeita a violência. Uma rutura catastrófica perturba os equilíbrios intrapsíquico e interpessoal e muda radicalmente a relação entre a realidade psíquica e a realidade social. Estas duas realidades diferentes fundem-se a um ponto que tanto na experiência do sujeito como na do grupo, instala-se uma confusão entre mundos externo e interno. Ansiedades arcaicas são então ativadas, albergando elementos psicóticos associados com desconfiança, a qual é produzida pela insegurança face à desintregração de referências estáveis. O perigo infiltra-se na mentalidade indiferenciada de grupo. Esta experiência, na qual nada de novo pode ser aprendido, reforça os aspetos omnipotentes e a ilusão de que é possível evitar qualquer forma de dor.

Palavras-chave

vitimização, indivíduo, grupo de pertença

PDF (English)

Biografia Autor

Monica Horovitz

Membro titular da Societé Psychanalytique de Paris (SPP), da Società Psicoanalitica Italiana (SPI) e da Sociedade Portuguesa de Psicanálise (SPP); membro da Associação Psicanalítica Internacional (IPA).


Referências

  1. Arendt, H. ( 1968). Men in Dark Times. Harcourt, Brace,World & Inc.
  2. Blanchot, M. (1993). The infinite conversation. University of Minnesota Press.