Obstáculos ao processo psicanalítico: O impacto das partes construtivas e destrutivas da mente
Resumo
O autor desenvolve uma reflexão teórica e clínica sobre os obstáculos ao processo psicanalítico, salientando a interação dinâmica entre as partes construtivas e destrutivas da mente, quer na formação da personalidade, quer no desenrolar do processo psicanalítico, e seguindo uma linha conceptual que começa em Freud e que continua em Melanie Klein, Wilfred Bion, Herbert Rosenfeld, Donald Meltzer, John Steiner, André Green, Otto Kernberg e Christopher Bollas. Reflete também na evolução dos diferentes paradigmas da psicanálise, destacando tanto as novas conceções teóricas e clínicas que implicam reposicionamentos na atividade do psicanalista, como o modo como este deverá adaptar a sua prática clínica às transformações do setting, a fim de manter e reforçar a identidade analítica.
Palavras-chave
Processo psicanalítico, Partes construtivas da mente, Partes destrutivas da mente, Identidade psicanalítica
Biografia Autor
António Mendonça
Psicanalista titular da Sociedade Portuguesa de Psicanálise e membro da Associação Psicanalítica Internacional (IPA) e da Fédération Européenne de Psychanalyse (FEP).
Referências
- Barros, E. M. R. (1988). Prefácio à edição Brasileira de Herbert Rosenfeld. Em Herbert Rosenfeld, Impasse e Interpretação (pp. 9–30). Imago.
- Bion,W. R. (1973). Atenção e interpretação. Imago. Bion,W. R. (1991a). O Aprender com a experiência. Imago.
- Bion, W. R. (1991b). Elementos em psicanálise. Imago.
- Bollas, Christopher (1998). Sendo Um Personagem. Revinter.
- Freud, S. (1920). Além do princípio do prazer. Em Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud (vol. xviii, pp. 17–85). Imago.
- Freud, S. (1923). O ego e o id. Em Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud (vol. xix, pp. 13–83). Imago.
- Freud, S. (1926). Inibições, sintomas e ansiedade. Em Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud (vol. xx, pp. 95–201). Imago.
- Freud, S. (1932). Por Que a Guerra? (Einstein e Freud). Em Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud (vol. xxii, pp. 237–259). Imago.
- Freud, S. (1937). Análise terminável e interminável. Em Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud (vol. xxiii, pp. 239–287). Imago.
- Green, A. (1988). Narcisismo deVida e Narcisismo de Morte. Escuta.
- Horney, K. (1936). The problem of the negativ therapeutic reaction. The Psychoanalytic Quaterly, 5, 27–44.
- Kernberg, O. F. (2006). Agressividade, Narcisismo e Auto-destrutividade na Relação Psicoterapêutica. Climepsi.
- Klein, M. (1970). Contribuições à Psicanálise. Mestre Jou.
- Klein, M. (1975). Inveja e gratidão. Em Obras completas de Melanie Klein (vol. iii, pp. 205–267). Imago.
- Meltzer, D. (1979). Estados sexuais da mente. Imago. Riviere, J. (1949). Contribuición al análisis de la reácion terapeutica negativa. Revista de Psicoanálisis, 7, 121–142.
- Rosenfeld, H. (1988). Impasse e Interpretação. Imago.
- Steiner, J. (1997). Refúgios Psíquicos. Organizações patológicas em pacientes psicóticos, neuróticos e fronteiriços. Imago.
- Zimerman, D. E. (2001). Vocabulário Contemporâneo de Psicanálise. Artmed.